DATA E HORA

domingo, 18 de dezembro de 2011

FRANCISCO ALVES DE LIMA - SOLDADO DA BORRACHA

FRANCISCO ALVES DE LIMA nasceu em 5 de setembro de 1925, no sítio Convenção, município de Apodi.  Filho de  Cícero Ciríaco  de Oliveira  Francisca Elita de Lima Com 18 anos saiu de sua terra natal para ir tentar a vida no Estado do Amazônia na condição de Soldado da Borracha. Em janeiro de 1943 ele viajou para Fortaleza, juntamente com seu primo GENTIL e seu vizinho conhecido por Chico de chaga Coringa. Na capital cearense ele embarcou em um navio, passando quase um mês de viagem até chegar em Manaus. De Manaus  pegou uma embarcação com destino para o Seringal denominado de PURUS, ali permanecendo seis meses. Foi transferido para o Seringal Peri, trabalhando nesse local por um ano e seis meses. Trabalhava de segunda a sábado e diariamente extraia o leite de 150 árvores, equivalente a 5 quilos. Nesse período em que trabalhou no Seringal não manteve nenhum relacionamento com mulher, tendo em vista que na seringal não existia mulher. Ele conta que depois de dois anos de trabalho certo dia sentiu uma picada e logo passou a esmorecer o  corpo. Como já era noite, não teve condições de deslocar-se até o acompanhamento, permanecendo no seringal, porém, não conseguiu dormir e tinha quase certeza que iria morrer. Pela manhã ele deslocou-se até o acompanhamento e falou com seu chefe para que o mesmo fizesse sua conta. Recebeu uma pequena quantia de dinheiro e viajou para Manaus. Em Manaus passou 8 dias internado. Ao sair do Hospital, sem destino, sentou-se em frente ao Palácio do Governo e naquele momento chega um cidadão e perguntou o motivo da tristeza. Ele contou sua história e o homem perguntou-lhe se ele tinha coragem de responsabilizar um serviço de responsabilidade e logo ele responde que sim. Aquele homem levou-o  até o Aeroporto de Manaus, sendo apresentado ao Capitão Trigueiro. Esse oficial fez a mesma pergunt e a resposta  foi  a mesma. O Capitão chama o Soldado FRANCISCO DE ASSIS e determina ao mesmo que passasse a dá instrução a FRANCISCO DE LIMA. Seu Francisco trabalhou seis meses, saldando totalmente seu salário, haja vista que não pagava alimentação, nem hospedagem. Embarcou para Natal, chegando à capital potiguar pegou o trem até a cidade de Angicos. De angicos pegou uma carona em uma carreta, cujo motorista era do Sítio Apanha Peixe. Chegando a Mossoró pernoitou na casa de Tio conhecido por Rodrigues, casado com Dona Cândida, residente ao lado da Igreja de Santa Luzia. Pela manha ele viajou até Apodi. Ao chegar foi uma  grande alegria  para a família, acompanhado de muito choro

FRANCISCA MARIA DA CONCEIÇÃO - ESPOSA DE "SEU FRANCISCO"

Seu Francisco casou-se no dia 18 de dezembro de 1949, na cidade de Apodi, com FRANCISCA MARIA DA CONCEIÇÃO, natural de Apodi, nascida a 24 de dezembro de 1924, filha de RAIMUNDO PEREIRA NUNES  e de MARIA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO,pai dos seguintes filhos:
1 - FRANCISCO ALVES DE LIMA
2 - FRANCISCA PEREIRA DE SALES
3 - SEBASTIÃO NUNES DE LIMA
4 - ANTONIO NUNES DE LIMA
5 - JOSÉ NUNES DE LIMA
6 - RAIMUNDO PEREIRA NETO
7 - ANTONIA ALVES DE LIMA
8 - MARIA LIVÂNIA DE LIMA

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

FRANCISCO PAULO FREIRE


FRANCISCO PAULO FREIRE, conhecido popularmente  por "CHICO PAULO", natural de Apodi-RN, nascido a 18 de janeiro de 1927, atualmente com 84 anos. Filho de FRANCISCO EDUARDO FREIRE  e de FRANCISCA CRISTINA FREIRE, casado com  BENEDITA FERREIRA FREIRE, natural de Catolé do Rocha-PB, nascida a 8 de março de 1933, filha de MIGUEL FERREIRA DE ARAÚJO e de  MARIA ANTONA. 
CHICO PAULO em 1943 teve que viajar para o Estado do Amazônia, juntamente com seu pai para trabalhar como Soldado da Borracha, conhecido como Soldado Arigó, permanecendo naquele território por um período de 3 anos trabalhando sem parar e sozinho na floresta amazônica, sem nenhuma proteção aos pés, e sim, descalço, devido ser uma região alagada o ano inteiro. Depois de 3 anos longe de sua terra natal, retornou ao Apodi, trazendo no bolso a importância de 15 contos de réis. Ao chegar no sítio Cápua encontrou em sua pobre casinha, com paredes de barro, coberta de palha de carnaúba e com portas e janelas de talho de palha de carnaúba, deparou-se com uma grande fome, logo quitou as dívidas de seu genitor e ainda fez uma grande feira, sobrando 3 contos de réis. Com essa importância comprou um jumento por 300 réis e fez uma plantação de arroz. No final da safra arrecadou 4 alqueires de arroz, doando 3 alqueires ao seu pai e vendeu um. Com o dinheiro da venda do arroz comprou outro jumento por 600 réis. Ele afirma categoricamente que depois que retornou do Amazônia nunca mais faltou dinheiro em seu bolso

domingo, 4 de dezembro de 2011

JOSÉ AIRES DE ALMEIDA - MOSSORÓ

JOSÉ TINHA 16 ANOS QUANDO COMEÇOU A EXTRAIR O LEITE DA SERINGUEIRA
Aos 86 anos,(2010)  seu José Aires de Almeida foi um “soldado da borracha”. O tempo não conseguiu apagar de sua mente, ainda lúcida apesar da idade, os horrores vividos por ele e milhares de homens recrutados pelo Governo Federal para servir à Pátria durante a 2ª Guerra Mundial em meio às matas da região amazônica.

Ele relembra os momentos difíceis, desde o embarque em sua cidade natal, Mossoró, no Rio Grande do Norte, até a sua chegada a Belém. E diz com orgulho, que o amor incondicional pelo pai, Manoel Aires, o levou aos campos da extração do látex. “Meu pai foi convocado para servir. Eu tinha 16 anos e não poderia ir, mas um homem disse que pelo meu tamanho passaria como maior de idade. Então fui colocado na lista dos recrutados e acompanhei meu pai”.Após 15 dias de viagem, o destino de seu José foi o município de Anajás, onde passou dois anos coletando o leite das seringueiras. Ele conta que durante este tempo muitos homens morreram vítimas de doenças como malária, febre amarela e outras patologias. Sem recursos médicos e dinheiro, eles não tinham como voltar para casa e terminavam seus dias longe da família e eram enterrados no meio da mata fechada.Os “soldados da borracha” viviam em regime de escravidão. Levados a locais distantes, a promessa era de salário digno, alimentação, e assistência médica e odontológica, o que nunca acontecia. “Vivíamos sem direito a nada, e todo mês, nos cobravam dívidas com comida e remédios. Desta forma, sempre estávamos nas mãos dos seringalistas”. “E ai de quem se atrevesse fugir. Era caçado como bicho nas matas e morto pelos capangas”.Para resgatar a dignidade e a cidadania de muitos “soldados”, a Defensoria Pública do Pará, através do defensor público Carlos Eduardo Barros, está desenvolvendo o projeto “Soldados da Borracha” que visa garantir o direito a benefícios como aposentadorias e pensões vitalícias a “soldados” e seus familiares. O defensor explica que para verificar se a pessoa foi um “soldado”, a Defensoria teve acesso a um arquivo nacional do Rio de Janeiro, que possui uma lista com mais de 10 mil nomes de pessoas recrutadas em todo o Brasil. E em posse desta listagem, é possível identificar o beneficiado. “Seu José Aires guardou todos os documentos e já está recebendo sua aposentadoria”. Porém, mesmo com o nome constando na lista, é necessário que as pessoas apresentem documentos que comprovem que foram soldados ou pelo menos três testemunhas que comprovem a situação. Após a comprovação é realizado um procedimento administrativo que em seguida é encaminhado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que analisará os direitos. Caso seja beneficiado, o soldado ou a família, receberá o valor correspondente a dois salários mínimos. “Sabemos que muitos não possuem mais documentos, mas é necessária qualquer espécie de identificação, para que não haja fraudes”. O BENEFÍCIO – REGRAS- Têm direito ao benefício ex- soldados da borracha, viúvas, ex-companheiras, filhos menores de 21 anos e filhos inválidos que comprovem através de documentos ou testemunhas que foram “soldados da borracha”.- O valor pago pelo INSS é fixado em dois salários mínimos.- Segundo o defensor, 60 mil homens foram recrutados para o serviço e 30 mil morreram nas matas, vítimas de doenças, picadas de cobra, entre outros problemas.- O primeiro momento do projeto será no município de Alenquer, no Baixo Amazonas, com a realização de uma audiência pública, mas o projeto é itinerante e vários municípios serão visitados.
FONTE: DIÁRIO DO PARÁ

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Governo do EUA é acionado a pagar indenização a Soldados da Borracha

A Juíza Federal Carmen Elizângela Dias Moreira de Resende, da 2ª Vara da Justiça Federal em Rondônia intimou o 
20090526164731.jpggoverno norte-americano e a União a responderem por violação dos Direitos Humanos.

A ação impetrada pelo advogado do sindicato dos soldados da borracha de Rondônia Irlan Silva, foi embasada em um relatório da ONU que aponta a situação dos soldados da borracha, como um exemplo de trabalho escravo mantido pela inércia do Estado brasileiro.

O advogado que pede dois salários mínimos mensais de indenização para cada um deles por danos morais, retroativos de 1940 a 1988, veio à Rio Branco conhecer a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), com objetivo de elaborarem juntos estratégias de luta em defesa dos quase 9 mil soldados da borracha ainda vivos. Mais de 4.800 deles em território acreano.


Acompanharam o advogado representantes do deputado Eduardo Valverde (PT-RO), e soldados da borracha de Rondônia.
“Os Estados Unidos além de ser o maior interessado na produção de borracha amazônica, repassou dinheiro ao governo brasileiro para a contratação e o transporte dos nordestinos para a Amazônia, como comprova farta documentação, inclusive contratos de soldados da borracha por empresas norte-americanas. Temos esses documentos que comprovam os fatos. Acusamos os governos do Estados Unidos e do Brasil de violação dos Direitos Humanos porque entendemos que os Soldados da Borracha foram jogados na Amazônia na condição análoga a de escravos e que a própria morte deles já fazia parte dos planos de guerra. Uma vez cumprida a função de abastecer as indústrias estavam descartados. Isso pode ser considerado crime de guerra”, explicou o advogado Irlan Silva.

A Juíza da 2ª Vara de Justiça federal de Rondônia acatou o pedido porque os acordos para enviar os nordestinos para floresta amazônica com o objetivo de multiplicar a produção brasileira de borracha para a indústria de guerra durante a 2ª Guerra Mundial foi assinada pelos dois países.Além do governo dos Estados Unidos repassar dinheiro ao governo brasileiro, muitos soldados da borracha assinaram contratos diretamente com em presas norte-americanas.Claudionor Ferreira de Lima de 84 anos de idade é um desses. O contrato dele assinado por uma empresa norte-americana também foi anexado ao processo.“Eles se comprometeram a nos indenizar e facilitar nosso retorno para o nordeste assim que terminasse a guerra. Nunca nos pagaram um tostão e nunca conseguimos voltar para casa. Muitos de nós nunca viram as famílias que foram deixadas no nordeste. Temos as provas”, garante o ex soldado da borracha.A ação judicial que tem mais de mil nomes pede indenização extensiva aos filhos e netos dos que já faleceram, com a decisão da juíza da 2ª Vara Federal de Rondônia, já foi enviada ao Ministério das Relações Exteriores para o devido encaminhamento.Na reunião com a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), que luta pela aprovação da PEC do Soldado da Borracha que eleva a aposentadoria deles para sete (7) salários mínimos, foram traçadas estratégias de luta.A idéia é fazer uma manifestação no Congresso Nacional no início de maio para pressionar a aprovação da PEC (Proposta de Emenda a Constituição). As comitivas de soldados da borracha do Acre e a do Amazonas se juntarão à de Rondônia em Porto Velho e de lá partirão todos juntos rumo à capital federal.“Vai ser muito engraçado, os velhinhos vão sacudir o Congresso”, comemorou entre risos o ex soldado da borracha Claudionor Lima.A animação contagiou até a cautelosa parlamentar acreana.“Eu tenho receio de divulgar esse assunto, porque temo criar expectativa, mas confesso que agora também estou com muita esperança. Acho que quando o presidente da Câmara e os outros deputados virem os nossos velhinhos e ainda mais correndo o risco da União ser condenada por omissão, vão se apressar a votar. Se tudo der certo como esperamos a PEC será aprovada ainda este ano”, destacou a deputada Perpétua Almeida. ENTENDA O CASO

1941- Ataque japonês a Pearl Harbor fez os Estados Unidos entrar na guerra o que pôs fim à ambigüidade da política externa do governo de Getúlio Vargas.
1942, o Brasil assinou, em Washington, uma série de acordos sobre matérias-primas estratégicas, entre as quais a borracha necessária à indústria de guerra norte-americana.
Com o trabalho dos Soldados da Borracha na selva amazônica a produção pulou de 16 kg por pessoa para 98 kg por pessoa.Milhares de nordestinos sucumbiram a doenças e falta de assistência. Jornais Ingleses e Franceses davam como desaparecidos mais de 40 mil Soldados da Borracha dentro da floresta.1946- Instalada uma CPI para apurar condições de contrato e morte dos Soldados da Borracha que após a guerra continuaram abandonados na selva. O Relatório da CPI concluiu pela urgência de amparo imediato aos Soldados da Borracha e às famílias que haviam ficado no nordeste.1988- Soldados da Borracha começaram a receber pensão vitalícia no valor de dois salários mínimos.2002- Apresentada PEC para igualar salário dos Soldados da Borracha ao dos ex combatentes da 2ª Guerra, de autoria deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).  2009- Deputada Federal Perpétua Almeida (PCdoB-Ac), apresentou substitutivo aumentando o valor da pensão dos Soldados da Borracha de dois para sete salários mínimos, com o objetivo de dar celeridade ao processo.2010- Justiça Federal de Rondônia entrou com ação contra os governos do Brasil e dos Estados Unidos por violação dos Direitos Humanos,o equivalente a crime de guerra Atualmente existem 8.460 Soldados da Borracha vivos. 4.860 deles no estado do Acre.

FONET: INTERNET

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